São Paulo, centro econômico nacional, maior índice de precárias condições de moradia.
A
cidade de São Paulo centro econômico não só do estado, mas do país tem o maior
numero de pessoas desabrigadas ou que vivem em condições precárias de moradia.
Casas de madeiras construídas em morros sem nenhuma instrução ou auxilio do
governo, sem condições de pagar um aluguel à população constrói onde não se deve ou então
invade, toma prédios públicos e privados usando como moradia ate o dia que o
governo decide tirar e despeja – los.
Essa
situação é muito comum e acontece principalmente no centro da cidade de São
Paulo, onde existem milhares de prédios públicos que estão abandonados e acabam
sendo invadidos. Esses prédios servem de moradia comunitária onde a população
vive como se fosse um condomínio, há regras e deveres comuns a todos sem
distinção. Cada um ajuda como pode.
Em
protesto algumas pessoas que se organizam em movimentos se reuniram no dia 07
de setembro de 2012 para uma passeata na Av. Paulista em São Paulo para
reivindicar não só os seus direitos, mas também que o governo olhe para essa
parcela da população que vive em péssimas condições e sem perspectiva de
mudança. Esses movimentos são divididos de acordo com a região em que as
pessoas moram e cada um tem seu coordenador que faz o intermédio entre o
governo e a população, FLM – Frente de Luta por Moradia, MMC – Movimento de
Moradia do Centro, MSTC – Movimento dos Sem-teto do Centro, entre outros.
Em
seu grito de reivindicação a população pede auxilio e moradia digna, para que
eles possam crescer de acordo com o crescimento do Estado, que haja uma
preocupação e um olhar para aqueles que são excluídos que não tem a mesma
oportunidade “Gritamos pela reforma urbana, pela moradia digna, em especial
para as famílias de baixa renda, contra a especulação imobiliária e por um novo
plano diretor que contemple o planejamento urbano e a função social da terra;” afirma
o líder desse movimento. A população que saiu as ruas pede que não sejam
excluídos e que haja uma política que olhe por todos, principalmente, para
aqueles que precisam dessa ajuda em seu lema o Grito dos Excluídos, movimento
que junta todos os grupo diz “Queremos
um Estado a serviço da Nação, que garanta direita a toda população” reivindicam o direito de poder ter a sua
própria casa, e que de acordo com as suas possibilidades possam financiar e
pagar por ela.
O
estado de São Paulo cresce de forma desigual criando grandes abismos não só na
questão da moradia, mas da saúde da educação, do transporte. As pessoas que
vivem em regiões mais afastadas por ser mais barato a moradia la, sofrem com o péssimo
transporte publico e como consequência vem morar mais perto de seus empregos
tendo que viver em regiões de perigo ou em situações precárias, sem higiene,
luz ou água encanada como acontece em muitos dos prédios invadidos por esses
movimentos que são obrigados a pegar a luz da rua por exemplo.
Os
grupos que se juntaram para o protesto vieram de diferentes lugares como
Heliópolis, Jardim Saverio, Água Funda, Jabaquara, entre outros... Todos com o
mesmo propósito e a mesma vontade, mas muito alem disso com uma mesma necessidade:
a de viver com mais conforto, ou no caso de alguns com algum conforto, em
relato uma das participantes da manifestação, Eliade disse que depois de ser
despejada de sua casa vivia agora em um abrigo no bairro do Bexiga desde
janeiro deste ano, mas que ate o fim do mês (de setembro) teria que sair porque
não poderia ficar mais la e quando eu perguntei pra onde ela iria, não soube me
responder porque não tinha pra onde ir, estava muito cansada depois de
trabalhar a madrugada inteira e ainda aguentou ate o fim de toda a movimentação
que seguiu a Avenida Paulista descendo a Rua Brigadeiro e por fim chegou ate o
parque do Ibirapuera.
Era
um feriado nacional dia da independência do Brasil, 07 de setembro e uma das
participantes ao lembrar-se disso disse “Existe independência enquanto houver
fome e gente na rua?”.
Bandeira do Movimento da População de rua.
Hoje
existe mais de 2000 crianças morando nas ruas e o numero de moradores de rua
passa dos 7000, numero esse que cresceu 57% de 2000 para cá e que tende somente
a crescer devido ao descaso do governo e a falta de estrutura da população. A
criação desses movimentos e grupos de apoio que saem as ruas para reivindicar
vão ate prédios do governo para chamar atenção ou promovem passeatas e
protestos. Eles tem o intuído de ajudar e proporcionar uma melhor situação de
vida, muitos dos que organizam não ganham nada com isso existem advogados,
engenheiros, administradores e pessoas comuns que querem apenas ajudar e fazer
algo de bom para o próximo.
A população pede que haja uma facilitação na compra
das casas, elas não querem nada de graça e sim uma facilitação no financiamento
para que aos poucos possam pagar por suas casas sem que alguém venha depois outro
governo, por exemplo, e os tirem de la, sem dar explicações. O direito de comprar
sua casa e viver bem é comum a todos, mas nem todos têm a mesma oportunidade e
condição, por isso é função do governo fornecer esse auxilio para que exista o mínimo
de igualdade.