terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Enquanto isso, no lustre do castelo..



Era uma tarde de quarta-feira, março de 2013. Mas em minha mente estava no inicio do século XX, adentrando a Vila Penteado. O fascínio me foi instantâneo, adornos que encheram meus olhos. Pé direito alto, ar que me enchia os pulmões.Tudo tão decorado em mínimos detalhes, um verdadeiro palácio digno de realeza. As mulheres se movimentavam como ninfas, a personificação da graça, leves e delicadas. Mas mesmo sem elas, a decoração já dançava e preenchia o ambiente.O chão decorado por pequenas pastilhas coloridas formando desenhos e as iniciais da família, não deixavam duvida da imponência e elegância dos Almeida Prado.



Tantas curvas, arcos e espelhos a observar que mais nada ocupava minha mente. Só o lustre poderia me prender a atenção por horas. Metal dourado, em forma de curvas e folhas. Vidro trabalhado, parecia que de lá sairiam fadas dispostas a participar da festa.


Lindas moças de porcelana farfalhavam pelo salão. Quando a mais bela ninfa surgiu ao topo da escada furtando a atenção, brilhava como ouro, era a anfitriã. Enquanto descia as escadas, seu vestido de renda se esparramava pelos degraus como um riacho. Percebi que vinha em minha direção.Ouvi gritos. "Marina já terminamos a visita". Ao acordar do transe era dia novamente. As moças já tinham ido para casa e a luz do sol entrava pelos vidros. Fui a varanda e ao sorver o perfume das flores suspirei. "Ah, que bela época".




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